Por Arnaldo V. Carvalho
O psicologo Guy Winch se considera um “advogado” das emoções. Neste TED, toca em uma ferida que observamos muito no contexto da terapia: por que o cuidado com o físico é mais valorizado do que o cuidado com a mente, especialmente no tocante às emoções?
Na Shiem a gente observa que terapias que compreendem o Todo das pessoas, integrando corpo, mente, emoções pela racionalidade energética, se dedicam muito mais ao tratamento da dor física, dos desequilíbrios do corpo, etc., do que das emoções. Uma prova disso é a desproporção entre fisioterapeutas (por exemplo) interessando-se por Acupuntura e Shiatsu e os psicólogos que o fazem.
Do outro lado – do cliente – eles também são levados a pensar em terapias como essa quando dói as costas ou os ombros, mas dificilmente quando não estão sabendo identificar o que está errado e menos ainda como resolver o que emperra o dia a dia e atravanca o alinhamento com a alegria de viver.
Winch diz que é preciso higiene emocional – estarmos sempre “limpando a mente” como se faz com relação ao corpo, especialmente com suas áreas feridas. Há vinte cino anos comento que o século XX havia sido o século da conquista da higiene do corpo, do banho diário, do sabão, e também dos desinfetantes e antibióticos; o século XXI precisaria muito ser o século da higiene mental/emocional. Isso foi algo com o qual me reencontrei na compreensão da cultura japonesa de limpeza, pureza, retidão – a mesma cultura que trouxe o Shiatsu para a humanidade, e agora eu vejo aqui, nas palavras de um psicólogo britânico.
O Shiatsu Emocional nasceu para questionar o atual posicionamento prático das terapias energéticas (por mais que em teoria sejam terapias holísticas, na prática não o são). Acreditamos que as emoções cada vez sofre mais demandas e a prioridade sobre esse tratamento não está sendo bem atendido. Atuar energeticamente no viés da dor é, no mínimo, enxugar o gelo. Já há teoria e há metodologia especial para se lidar com a vida por esse viés não físico.
As feridas emocionais estão por aí, dentro das pessoas, de todos os tamanhos, o tempo todo, causando inibições diversas, cobrindo-as de certezas sombrias sobre sua sorte, fazendo-as fugir da vida por medo do fracasso, ou pior, da reprovação.
O campo energético mostra tudo isso, mostra as muitas e diferentes camadas de dor, ferimentos, mágoas, e consegue construir um diálogo de amor no corpo, fortalecendo a pessoa no sentido de deixar de enterrar-se na areia )pois a dor não irá passar assim – já a vida, sim). Mas é preciso conhecer.
O que você pensa sobre isso?
Comunidade Intencional e Escola 